quarta-feira, 21 de julho de 2010

Técnico Argentino na Seleção Brasileira?

Achei o texto abaixo no blog Memória E.C. e achei interessante. Até porque foi um grande momento da história do Palmeiras.
Segue o texto na integra:

"Na próxima sexta-feira, o Brasil vai conhecer o ocupante de um dos cargos mais importantes do país: o de treinador da seleção nacional de futebol. A pessoa que vai ter a responsabilidade extra de comandar a equipe na preparação para a Copa do Mundo a ser disputada no país em 2014.

Vários nomes foram citados para o lugar de Dunga: Luiz Felipe Scolari, Muricy Ramalho, Leonardo, Ricardo Gomes. E Mano Menezes, considerado, agora, o favorito para ocupar o cargo.

Mas em nenhum momento um nome de um técnico estrangeiro foi comentado. Ainda é inconcebível para muitos brasileiros que um ‘forasteiro’ comande a única seleção cinco vezes campeã mundial. Imaginam que seria um risco ao estilo nacional de jogar.

Mas a seleção brasileira, em seus 96 anos de históira, chegou a ser treinada por um estrangeiro. Nascido…na Argentina.

Em 7 de setembro de 1965, o selecionado foi convidado para participar das festividades de inauguração do Mineirão. E a CBD decidiu chamar o Palmeiras para representar o país em um amistoso contra o Uruguai.

O elenco do clube paulista contava com jogadores com experiência no selecionado nacional ou que seriam convocados no futuro. No primeiro grupo, estavam o bicampeão mundial Djalma Santos, Julinho Botelho (um dos destaques da seleção na Copa de 54), Djalma Dias, Servílio, Rinaldo e Valdir de Moraes. No segundo, jovens como Ademir da Guia e Dudu.

E além dos atletas, o Alviverde cedeu também para a seleção o seu treinador: o argentino Nélson Ernesto Filpo Nuñez (na foto, de óculos escuros).

Nascido em 19 de agosto de 1920, em Buenos Aires, Filpo Nuñez iniciou sua trajetória no futebol brasileiro em 1955, dirigindo o Cruzeiro. E ganhou destaque no Palmeiras, no qual montou a chamada “verdadeira Academia” em 64/65. Também trabalhou no Corinthians, Vasco, Portuguesa, Guarani, Atlético-PR, Botafogo-PB, entre outros.

Sob a batuta do argentino e com o entrosamento obtido no Palestra Itália, a ’seleção brasileira palmeirense’ derrotou o Uruguai com autoridade: 3 a 0, gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano.

Um jogo que entrou para a história do selecionado mais vitorioso do futebol mundial. Na única vez em que foi treinado por um estrangeiro, venceu.

Brasil 3 x 0 Uruguai

Data: 7/9/65
Local: Mineirão
Público: 80 mil pagantes (extra-oficial)
Renda: Cr$ 49.163.125,00
Árbitro: Eunápio de Queiroz (Brasil)
Gols: Rinaldo, aos 27, Tupãzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo, e Germano, aos 29 da etapa final.

Brasil: Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario). Treinador: Filpo Nuñez.

Uruguai: Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales)."

Fonte Memória E.C.

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